Na quinta aula começámos por falar sobre as jornadas de Ensino em Geografia e discutimos a morte do professor francês de história e geografia, Samuel Paty. Daí, resultou o desafio lançado pelo professor, mas logo aceite pela turma em fazer um comunicado a condenar este acontecimento trágico. De seguida, discutimos o sumário da aula anterior e a resposta à sua pergunta. A resposta, tal como escrevi no último post neste blogue, é clara. O professor de Geografia deve denunciar as injustiças no mundo!
Passámos depois para a temática central da aula, a primeira carta internacional da educação geográfica de 1992, sendo um documento de referência da mesma e considerada pelo professor mais rica que a de 2016. A base de inspiração desta carta são a Carta das Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, a Constituição da UNESCO, a Recomendação da UNESCO respeitante à Educação para a Compreensão Internacional, Cooperação e Paz, a Declaração dos Direitos da Criança e em numerosos curricula nacionais e declarações referentes à educação geográfica. As questões que a carta começa por abordar nos desafios e respostas da educação geográfica são a dinâmica da população, alimentação e a fome, as desigualdades sócio-económicas, etc... .Estes conflitos são considerados na carta, "um desafio para os professores de geografia que estão empenhados em dar a todos a esperança, confiança e competência para trabalharem em prol de um mundo melhor". A meu ver, e indo ao encontro do que foi abordado nas aulas anteriores referente ao papel do professor de Geografia, o professor para além de dever denunciar todas as injustiças no mundo, deve também ajudar os alunos a serem indivíduos com pensamento crítico para que sejam no futuro pessoas preocupadas com os outros seres humanos e com o planeta Terra e que lutem para combater todas essas desigualdades e problemas existentes.
Na carta, aparecem também as questões e os conceitos em Geografia, em que saliento o próprio conceito de Geografia que no documento está descrito como "a ciência que procura explicar as características dos lugares e a distribuição da população, dos fenómenos e acontecimentos que ocorrem e evoluem à superfície da Terra. A Geografia diz respeito às interações do homem com o ambiente no contexto de lugares e localizações específicas. As suas características especiais são a extensão do estudo, a diversidade da metodologia, o trabalho de síntese feito a partir de outras disciplinas incluindo as ciências físicas e as humanidades e o interesse na futura gestão das relações entre a população e o ambiente".
Saliento ainda nesta carta, a contribuição da Geografia para a Educação, nomeadamente para a Educação Internacional, Ambiental e Desenvolvimento. O professor aqui referiu uma tradição da educação geográfica que é a da contribuição da Geografia para a compreensão internacional que apareceu no contexto do pós II Guerra Mundial. Depois de nós vermos a carta, o professor disse também que a carta surge após a queda do muro de Berlim e o seu discurso baseia-se num discurso dos direitos humanos e que continua a ter atualmente muita novidade para a educação geográfica.
Por fim, foi realizado o sumário: A primeira carta internacional de educação geográfica, destacando que esta se baseia na declaração universal dos direitos do Homem e outros documentos internacionais e que a Geografia contribui para a educação ambiental, internacional e para o desenvolvimento.
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| Primeira Carta Internacional Da Educação Geográfica De 1992 |
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